– Não é um momento fácil o que eu estou passando. Mas, do mesmo jeito que já tive tantas alegrias na quadra, tenho de passar por isso e saber lidar com a situação. Difícil imaginar, mas as palavras acima saíram da boca do tenista número 1 do mundo. Os tempos em que o brasileiro Gustavo Kuerten era um tenista perigoso apenas em quadras de saibro constam apenas de um passado distante. Desde o primeiro título em quadras rápidas, conquistado no ano passado no Torneio de Indianápolis (EUA), Guga já quebrou todas as resistências de quem insistia em vê-lo como jogador de um piso só. Venceu a Masters Cup, em Lisboa, e terminou 2000 como o número 1 do mundo. Arrasador, Guga iniciou a campanha de 2001 com dois títulos consecutivos – em Buenos Aires e em Acapulco –, emendou um troféu no Masters Series de Monte Carlo e o vice no Masters seguinte, em Roma. Chegou ao tri em Roland Garros, venceu o Torneio de Stuttgart e o Masters Series de Cincinatti e foi vice em Indianápolis, além de chegar às oitavas-de-final do Aberto dos Estados Unidos (foi derrotado pelo russo Yevgeny Kafelnikov). Mas, desde então, as vitórias passam longe do catarinense. A derrota para o bielo-russo Max Mirnyi no Masters Series de Stuttgart foi a terceira consecutiva de Guga na estréia em um torneio – no Brasil Open, perdeu para Flávio Saretta, e no Torneio de Lyon, para o croata Ivan Ljubicic. – É uma derrota mais dolorosa do que as outras, que eu vou sentir mais, mas tenho de esquecer o mais rápido possível e ficar tranquilo – resumiu. O número 1 do mundo ainda não decidiu se joga o Torneio de Basel, na semana que vem, na Suíça. Antes da Masters Cup de Sydney, Guga ainda disputa o Masters Series de Paris, a partir do próximo dia 29. – Vamos torcer para a sorte voltar pro meu lado – finalizou.